É, pierrô, o carnaval acabou... É melhor você comer berinjela com missô!
Ta, eu sei que a rima é pobre... Tão pobre quanto o tamanho da minha decepção! Como pode o carnaval ter acabado dessa maneira? Ele foi morto e enterrado, ou melhor, enterrado vivo! As marchinhas e o samba foram dando lugar à música eletrônica e ao funk e as fantasias voltaram pro baú da vovó... Tudo bem, eu até que adoro uma batida, me perco com Gaga e um copinho de vinho, mas peraí’... Tudo tem seu momento, né?!
No carnaval de rua do meu bairro, por exemplo, ninguém se importava com os blocos de carnaval, parecia que um ser estranho havia invadido a rua, e samba no pé então... Oh povo ruim de swing! Tudo bem que em alguns pontos do Rio de Janeiro o carnaval da antiga ainda é bem conservado, que o diga a turma do Cordão. Mas por sua vez, alguns pontos da cidade nem sequer tinham carnaval... Cadê as melindrosas eufóricas, os clóvis coloridos, os macacos de plástico, cadê a colombina, o pierrô, o arlequim? É por essas e por outras que muitas pessoas acabam desanimando... E se as turmas de foliões apaixonados não continuarem se esforçando, tenho medo de que o carnaval se transforme de tal maneira que deixe de existir!
Mas vale destacar aqui o verdadeiro carnaval, pelo menos ao meu ver...
Pra quem gosta do carnaval tradicional, que tem origem européia, vale à pena embarcar nos blocos famosos do centro da cidade do Rio de Janeiro, ou pegar carona na beleza do sambódromo, seja aqui na Cidade Maravilhosa ou na Terra da Garoa. Vale ainda pegar um avião e dar uma passeada pela região nordeste brasileira. Os Pernambucanos conservam a tradição do carnaval de rua com êxito, e até "foliões gigantes" entram na brincadeira ao som do frevo, dá ainda pra pegar uma carona com o Galo da Madrugada. Se você resolver ir pra Bahia então a diversão é garantida, não tem povo mais caloroso! Que o diga o povo de Salvador e seus circuitos carnavalescos famosíssimos: Dodô, Osmar e Batatinha, contando com a presença de artistas arretados, que sabem muito bem fazer a galera mandar ver no Rebolation. Agora... Se o lance é lembrar dos tempos da vovó e tirar a colombina do baú, é só dar uma passada no centro histórico de Salvador, o Pelourinho; nada de trios elétricos, mas muita marchinha, banda de frevo, grupos folclóricos, mascarados, serpentinas, confetes, iluminação cênica... É magnifique! Até as crianças ganham espaço por lá, nos bailes infantis que são realizados à tarde e as "baianas" então nem se fala, são bonecas gigantes, com roupas típicas e uma delas até se destaca por lembrar Carmem Miranda, a grande portuguesa divulgadora da MPB nos Estados Unidos!
Tomara que estes carnavais continuem existindo e arrastando foliões que ainda sabem apreciar carnaval de verdade, porque ir pro carnaval SÓ pra dançar funk, galera ...
No way!!
P. Contradiction! =*
3 comentários:
Nossa, que texto inspirador! Copiei pro meu blog e adicionei os créditos ao seu, com link e tudo.
Beijos!!
nunca julgue o perfume pelo tamanho do pote XD
os com mais conteudo (qualidade) estão nos menores frascos.
e eu pensando que ia ser blog de poesia (melosa) enão ia querer ler.
engano meu
abraços
Oi!
tem selinho pra vc lá no blog.
xero.
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